quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

A minha mensagem de Natal

De regresso a um período festivo, em que estamos mais inspirados para mensagens, mais motivados para oferecer. Em que estamos mais receptivos para ouvir e para dar.

Num período em que as mensagens transbordam, as prendas não faltam e os presentes....esses, quiçá.

À minha família, aos meus amigos, conhecidos e colegas das diversas lides, não vos maço com grandes mensagens nem tão pouco vos desejo prendas. Apenas vos desejo presentes, muitos presentes.

Que aqueles que voçês mais desejam, estejam presentes convosco; e que aqueles que vos aguardam e que desejam estar com voçês, vos sintam presentes.

Cada vez mais, importa estarmos presentes contribuindo para o aliviar de angústias, dor e solidão, em vez da futilidade das prendas que compramos.

Permitam-me um especial beijinho e abraço, a todos os amigos, colegas e conhecidos, que neste período festivo (em especial este período, mas não só) , trocam as prendas pela sua presença nas ruas com sem abrigos ou nos hospitais com os doentes.


Octávio Pimentel

Ano europeu do voluntariado - Educar para a cidadania






Com o objetivo de uma cidadania mais ativa, a União Europeia destacou este ano como sendo o ano do voluntariado.
O voluntariado é uma forma de participação cívica, que assenta em atividades interpessoais. Materializa-se de diversas formas e distintos níveis de intervenção: no contexto escola, em contexto hospitalar, etc.
Motivar a participação passa também pelo reforço de quem já é voluntário. Reconhecer a atividade do voluntário, como forma de encorajamento, atribuindo incentivos.





Reconhecimento ao nível da legislação do trabalho ou ao nível do Imposto de Rendimento criando-se por exemplo o conceito de horas de voluntariado o qual serviria para majoração de benefícios fiscais.

Promover uma cidadania mais activa.

O investimento do nosso tempo livre em ações direcionadas para e com a comunidade onde estamos inseridos, reforça os valores fundamentais de solidariedade e coesão social.
O voluntariado não pode ser encarado como uma forma de obter benefícios pessoais, nem ser entendido como um ato de caridade ou uma forma de mão de obra barata.
Ser voluntário, numa atitude de cidadania, é uma forma de estar que se vai adquirindo, bem cedo. A escola e a família desempenham um papel determinante. A escola, pelos recursos que dispõe e responsabilidade social que exerce, deverá promover nos seus planos educativos a formação para a cidadania. A família, como um dos principais quadros de referência do desenvolvimento da criança como cidadão, deverá marcar presença constante orientando as suas crianças para os valores de solidariedade social.
Ser voluntário é dar, esperando nada receber. É responsabilidade num compromisso assumido, mesmo que isso acarrete algum sacrifício. O voluntariado não pode ser uma ocupação ocasional, que se faz quando se quer ou quando se está de bom humor.
A entrega e forma desinteressada do voluntariado é recompensada em dobro: em cada sorriso, em cada olhar, em cada abraço, em cada projeto que se concretiza ou se ajuda a concretizar.


Octávio Pimentel

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Ano Europeu do Voluntariado

Depois de tantos e-mails, noticías e artigos diversos, perdoem-me a minha imodéstia ao escrever este artigo que pretendo seja uma opinião sobre o contexto e o que, tão pomposamente, se chama de: Ano Europeu do Voluntariado. Prometo não ser muito chato...

"Sê voluntário!"

Com o objectivo de uma cidadania mais activa, a União Europeia destacou este ano como sendo o ano do voluntariado. Segundo dados do Eurobarómetro, existem cerca de 100 milhões de voluntários no espaço comunitário da União Europeia. Número este, no entanto, insuficiente face aos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio http://www.objectivo2015.org/inicio/index.php

A UE pretende que neste ano em particular e em colaboração com os estados membros e autoridades locais e regionais, se reforcem os apoios e condições para a prática do voluntariado. Destas destaca-se o aumento da visibilidade das actividades de voluntariado, procurando motivar novas adesões e apoios, publicitando-se a importância deste tipo de intervenção social. Poder-se-á desta forma aumentar, mas acima de tudo consolidar, a participação cívica em particular e as actividades interpessoais em geral.

Ao nível das organizações a intervenção das autoridades deverá ser reforçada ajudando a criar condições para a prática do voluntariado: desenvolver novas actividades; criação de redes; mobilidade; cooperação. Procurar ainda, o aproveitamento de sinergias.

Motivar a participação passa também pelo reforço de quem já é voluntário, seja ao nível individual seja ao nível associativo. Reconhecer as diversas actividades, como forma de encorajamento, atribuindo incentivos adequados de acordo com os projectos desenvolvidos e efectiva importância social dos mesmos. Estes incentivos deverão ser extensíveis aos cidadãos em particular. Não necessariamente incentivos financeiros, poderia este reconhecimento e apoio verificar-se ao nível da legislação do trabalho ou ao nível do Imposto de Rendimento criando-se por exemplo o conceito de horas de voluntariado o qual serviria para majoração dos benefícios fiscais.
Numa perspectiva institucional, pretender-se-á a promoção de uma cidadania mais activa.


Ser voluntário, digo eu:

Podemos relevar esta forma de estar a diversos níveis. Genericamente é fácil perceber que o investimento do nosso tempo livre em acções direccionadas para e com a comunidade onde estamos inseridos, reforça os valores fundamentais de solidariedade e coesão social.

Num artigo de opinião, a cidadã Patrícia Ferraz (voluntária) escreve: "Contrariamente ao que se pensa, ser voluntário não é uma forma de ocupar o tempo livre, fazer novos amigos, obter benefícios pessoais, um acto de caridade e muito menos uma forma de mão-de-obra barata."
Permito-me utilizar esta frase para desenvolver a seguinte ideia, tão simples quanto isto:ser voluntário é dar, esperando nada receber. Utilizando uma máxima do movimento Lions Internacional: Servir e não servir-se. Sendo este um princípio a ter-se sempre presente, não é de todo incompatível encontrar-se no voluntariado aquele ou aquela que poderá ser o nosso melhor amigo ou aquele ou aquela que poderá ser o nosso companheiro para o resto de uma vida.

E o que temos para dar? Acima de tudo o nosso tempo; um activo cada vez mais escasso. Escasso e raro seja, por factores exógenos - numa época em que o Homem vive cada vez mais para si, se afasta da sociedade, se individualiza e é mais egoísta; numa época em que cada vez temos menos tempo para nós, não temos tempo para os outros - ou por factores intrínsecos a cada um de nós - porque preferimos outro tipo de actividade; não vemos no voluntariado uma forma de nos satisfazer e preencher interiormente.

Ser voluntário é oferecer algum do nosso tempo a alguém que precisa, onde num acto de solidariedade, poderemos oferecer compassivamente saber, criatividade, companhia, amizade, afecto e amor.

Ser voluntário é responsabilidade num compromisso assumido, mesmo que isso acarrete algum sacrifício: constância, pontualidade, comprometimento. O voluntariado não pode ser uma ocupação ocasional, que se faz quando se quer ou quando se está de bom humor. Há sempre alguém à nossa espera.

A entrega e forma desinteressada do voluntariado é recompensada em dobro: em cada sorriso, em cada olhar, em cada abraço.

Para quem conseguiu ler este meu escrito até ao fim, obrigado pela pachorra.
E termino com uma frase da comissária da UE para a justiça, Viviane Reding:
SER VOLUNTÁRIO É FAZER DO NOSSO MUNDO UM LUGAR MELHOR